Nunca se falou tanto em cuidar do socioemocional da criança como atualmente. A violência nas escolas escancarou um problema urgente e delicado. O que me aflige é, de que emocional se fala, do concreto ou do abstrato? Concretamente muitos sujeitos sofrem bullying dentro e fora da escola, essa é uma questão importante, no abstrato essa violência se relativiza. Normal vermos em todos os cenários a reivindicação de padrão de beleza, fulano/a é bonito/a, pq tem olhos tal, pele branca é magro/a. Hum, "até" que é gordinho/a, mas é bonito/a, é preto/a, mas é bonito... No concreto temos de tentar apontar a subjetividade desses padrões, afirmar que a beleza para alguns pode ser feiura para outros e etc. A questão da pobreza tb se configura como fator, mostrar pra nossas crianças que ser pobre não é culpa de pai e mãe, ser honestos de que a escola não garante ascensão social/econômica. A violência, penso eu, se instaura porque os padrões de beleza, riqueza, inteligência são muito bem definidos socialmente e a escola os reproduz, claro que por ingenuidade, mas ainda assim, por muitas vezes reproduzimos padrões sociais estabelecidos que aprofundam problemas emocionais. Certamente uma questão que não venceremos no abstrato. Fazendo discursos genéricos de que todo mundo é especial, ao mesmo tempo que reforçamos os padrões "aceitáveis"!
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