A sociedade de classe surgiu simultânea à propriedade privada, lógico que nem sempre apresentou o formato contemporâneo, todavia, desde sempre privilegia uns em detrimento de outros. O que se pode concluir, portanto, é que nesta sociedade toda substância, física ou não, ganha status de mercadoria, basta que seja possível produzir lucro a partir dela. Com o conhecimento científico não é diferente. Logo, enquanto existirem sociedades de classes e o conhecimento for a base de sustentação da classe em domínio é fundamental que a classe trabalhadora tenha acesso a tais conhecimentos, a fim de elevá-la ao mesmo nível de domínio científico, intelectual e cultural, que em todas as medidas a subjuga. Entendo que tais conhecimentos sejam armas de luta de manutenção da classe no poder, que dominam os códigos, leis da natureza, desenvolvimento humano ao longo de toda evolução social, compreende processos psicológicos que libertam e/ou subjugam homens (gênero humano). Há porém quem afirme que estes conhecimentos sejam aculturamento da classe trabalhadora, uma vez que esta classe já possui cultura própria e que, portanto o conhecimento clássico, em sua maioria vindo de países europeus sejam invasores na vida daqueles que vivem do trabalho. Concordaria com tal afirmativa não fossem alguns destes conhecimentos científicos parte do avanço de humanização do homem (aqui homem sempre será usado como gênero humano), tal como o conhecimento que inventou o fogo, a roda, a medicina, os cálculos, a orientação geográfica, a compreensão do homem como um sujeito que sente, pensa... Conhecimentos estes elaborados por povos originários, e que são estes os conhecimentos que vêm sendo negados, secundarizados, uma vez que foram alçados ao status de mercadoria e, consequentemente propriedade privada de um grupo seleto e minúsculo que inclusive determina o que se pode ensinar e até onde ensinar aos filhos da classe que vive do trabalho. Precisamos criar uma linha que apresente os limites e possibilidades dos conhecimentos populares, muitos deles, ou a sua maioria, contribuindo apenas para a manutenção da vida (ou seja, apenas para sobreviver), e reivindicarmos os clássicos, claro que nem todo clássico, mas os que promovem desenvolvimento, avanço e com isso eleva o processo de humanização e emancipação dos sujeitos. Estes conhecimentos científicos, muitos descobertos por povos nativos ainda que aperfeiçoados pelos avanços sociais e tecnológicos, ampliaram e agilizaram a forma de conhecer e de se colocar no mundo, e que, por isso mesmo, todo conhecimento deve ser dado por direito a todos os homens sem distinção e com o máximo de qualidade e em toda amplitude possível, para que assim, de posse destes conhecimentos, que humanizam, promovem consciência social, humana, que possibilitam qualidade de vida a todos os homens e que estes possam pensar em alternativas de vida que privilegiem o maior número possível dos seres viventes.
terça-feira, 11 de janeiro de 2022
POR QUE DEVEMOS PRIVILEGIAR O CONHECIMENTO CIENTÍFICO CLÁSSICO NUMA SOCIEDADE DE CLASSES?
A sociedade de classe surgiu simultânea à propriedade privada, lógico que nem sempre apresentou o formato contemporâneo, todavia, desde sempre privilegia uns em detrimento de outros. O que se pode concluir, portanto, é que nesta sociedade toda substância, física ou não, ganha status de mercadoria, basta que seja possível produzir lucro a partir dela. Com o conhecimento científico não é diferente. Logo, enquanto existirem sociedades de classes e o conhecimento for a base de sustentação da classe em domínio é fundamental que a classe trabalhadora tenha acesso a tais conhecimentos, a fim de elevá-la ao mesmo nível de domínio científico, intelectual e cultural, que em todas as medidas a subjuga. Entendo que tais conhecimentos sejam armas de luta de manutenção da classe no poder, que dominam os códigos, leis da natureza, desenvolvimento humano ao longo de toda evolução social, compreende processos psicológicos que libertam e/ou subjugam homens (gênero humano). Há porém quem afirme que estes conhecimentos sejam aculturamento da classe trabalhadora, uma vez que esta classe já possui cultura própria e que, portanto o conhecimento clássico, em sua maioria vindo de países europeus sejam invasores na vida daqueles que vivem do trabalho. Concordaria com tal afirmativa não fossem alguns destes conhecimentos científicos parte do avanço de humanização do homem (aqui homem sempre será usado como gênero humano), tal como o conhecimento que inventou o fogo, a roda, a medicina, os cálculos, a orientação geográfica, a compreensão do homem como um sujeito que sente, pensa... Conhecimentos estes elaborados por povos originários, e que são estes os conhecimentos que vêm sendo negados, secundarizados, uma vez que foram alçados ao status de mercadoria e, consequentemente propriedade privada de um grupo seleto e minúsculo que inclusive determina o que se pode ensinar e até onde ensinar aos filhos da classe que vive do trabalho. Precisamos criar uma linha que apresente os limites e possibilidades dos conhecimentos populares, muitos deles, ou a sua maioria, contribuindo apenas para a manutenção da vida (ou seja, apenas para sobreviver), e reivindicarmos os clássicos, claro que nem todo clássico, mas os que promovem desenvolvimento, avanço e com isso eleva o processo de humanização e emancipação dos sujeitos. Estes conhecimentos científicos, muitos descobertos por povos nativos ainda que aperfeiçoados pelos avanços sociais e tecnológicos, ampliaram e agilizaram a forma de conhecer e de se colocar no mundo, e que, por isso mesmo, todo conhecimento deve ser dado por direito a todos os homens sem distinção e com o máximo de qualidade e em toda amplitude possível, para que assim, de posse destes conhecimentos, que humanizam, promovem consciência social, humana, que possibilitam qualidade de vida a todos os homens e que estes possam pensar em alternativas de vida que privilegiem o maior número possível dos seres viventes.
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